8 de mar. de 2011

Mulher! Mulher!


Hoje vamos celebrar mais um 8 de março, dia internacional da mulher e antes de fazer a piadinha infame do restante do ano sendo do homem, torço para que chegue o tempo de que não precisaremos mais comemorar esta data. Mas não fiquem bravas ladies, quando isso ocorrer, será bom!

Tweet de Niara de Oliveira (@NiDeOliveira71) 08/03/2011 - Reproduzido sob permissão

A mulher por muito tempo viveu à sombra da vontade de algum homem em papéis secundários e submissos na sociedade, mas este discurso é muito velho e as conquistas femininas já são de longa data.
O que ocorre agora é que ela está deixando de buscar seu espaço na sociedade à custa de se tornar igual ao homem, masculinizadas. Sua identidade e seu valor estão mais em suas ações morais, suas qualidades de caráter e em seus feitos profissionais do que trocar pneus, pagar a conta do restaurante ou lutar boxe.
Algumas revistas ainda mostram mulheres dirigindo caminhões, pilotando jatos de carreira e manejando escavadeiras de centenas de toneladas como se fosse algo sobrenatural de outro mundo. Não vejo diferença em comemorar o feito daquele filho que começou a andar de bicicleta sem rodinhas. Ranço de nossa sociedade qüingentesinária.
Entretanto ela ainda tem que trabalhar dobrado por causa da desconfiança das pessoas (entendam homens) e seu saber triplicado, por causa do mesmo defeito preconceituoso. Precisa de Leis que a amparem da violência física, psicológica e moral. Possui remuneração desigual a do homem; e se ela for negra, a sina se torna ainda pior.
O desafio da mulher moderna será o rompimento de paradigmas e estereótipos que determinam limites para suas possibilidades: Ou ela é feminina ou é feminista; ou trabalha pesado ou explora sua beleza; ou é morena ou é burra. O rótulo frio e amargo, que busca emprateleirá-la como um produto de supermercado, é conveniente a quem vive o establishiment, temerário de que ocorra mudanças.
A nova mulher, mais feminina faz de tudo, até troca um pneu. Mas seu charme torna isso desnecessário. Ela sabe que o valor de seu ser é o amor, o companheirismo, a inteligência, o espírito embativo, a sensibilidade, a criatividade… E tudo isso provoca inveja porque quando somos comparamos às mulheres, lembro-me de um trecho da música do Erasmo Carlos:

Mulher! Mulher!
Na escola em que você foi ensinada,
Jamais tirei um 10
Sou forte
Mas não chego
Aos seus pés.
Parabéns a todas vocês mulheres que estão transformando o mundo com armas intangíveis



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2 comentários:

Ana Tokus disse...

Assino onde, Geisson?

Como já dizia um comercial de sabonete (eu acho): Um "viva" para as diferenças. Eu nunca pretendi ser igual a homem algum, nem acho que devamos correr atrás disso. Não somos melhores ou piores... somos diferentes. Somos
únicas.

"Pra variar", mais um post a favoritar... :) Abração!

Kellen disse...

Lindo texto!
Queremos nosso espaço, mas sem deixar de sermos mulheres!
bj grande

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